34º Encontro (02/02/2014)

  • O Homem que Roubava Horas.  Daniel Munduruku Ilustração de Janaína Tokitaka, Ed. Brinque-Book. “Essa incrível história nos leva a refletir sobre o valor do tempo e das horas que gastamos ou aproveitamos no dia a dia. Um tema que nos faz pensar sobre o tempo e o espaço verdadeiro que carregamos dentro de nós e que eventualmente desperdiçamos no ar, sem pensarmos sobre seu real valor. Um personagem sem história, de forma atemporal desafia aos outros a roubar suas horas em atenção ao uso essencial do tempo: “Quem tem hora não tem tempo: tempo de olhar o tempo.” (Mercedes Fernandes)
  • Rosalva mãos de fada. Celso Sisto Ilustr André Neves. Ed. Paulinas. Rosalva é uma bordadeira que se inspira nas marcas deixadas pelo mar na areia. As moças bordadeiras como ela, sempre bordam a vida sonhada e Rosava borda as suas esperanças de se casar. Quando encontra o pretendente o inicia nas artes das rendas e bordados. Mas ele é caixeiro viajante e uma viagem misteriosa o leva para muito longe. Como a “confiança se tece” ela mantém a esperança da sua volta bordando seu enxoval acompanhada pelas amigas bordadeiras, que lhe faz companhia na expectativa da volta do amado. Mas o pretendente não volta e a amargura substitui o amor no coração de Rosalva. É a destruição da esperança, do amor e do enxoval que se desfaz nas águas do mar, sendo ele próprio uma marca criada nas areias pelo mar, objeto de inspiração da bordadeira. O texto de Celso Sisto é de uma grande beleza poética e nos envolve a participar e torcer pelo destino de Rosalva.” (Neide Graça)
  • Coach. Rodrigo Folgueira. Trad do escritor Léo Cunha Ilustr Poly Bernatene, Ed. FTD. “Uma história simples abordando um tema universal: a aceitação no mesmo convívio entre seres de raças diferentes. A curiosidade ou a busca por diferentes “amizades” entre seres de raças distintas é o que demanda essa historinha pitoresca onde um porquinho rosa surge no ambiente onde vivem os sapos. O porquinho emite sons que assemelham ao coaxar de um sapo e causa surpresa e desconforto ao redor. A confusão é tanta que o porquinho desaparece, e todos ficam surpresos quando o sábio besouro define de forma objetiva sua opinião: “Quem sabe ele queria fazer novos amigos?”. O livro traz fantásticas ilustrações dos personagens e do ambiente em que vivem e nos captura inteiramente para dentro da história: “Coach!”. (Mercedes Fernandes)
  • Três contos africanos de adivinhação Rogério Andrade Barbosa. Ilustr Mauricio Veneza. Ed. Paulinas. “São recontos de histórias africanas de adivinhação com enfoque instigante e misterioso. O desafio dos três contos, que são ligados a furtos não solucionados, é despertar a curiosidade de quem lê para a solução das situações apresentadas. O ponto comum e destaque entre eles é o número três e a lógica da adivinhação. No 1º “Os três gravetos” o monarca desafia o adivinho do reino a descobrir o ladrão do anel; no 2º “Três mercadorias muito estranhas” um camponês precisa descobrir como atravessar o rio levando um leopardo que come cabra, uma cabra que come inhame e um saco de inhame. E no 3º “Três moedas de ouro” como se descobrir o culpado pelo roubo das moedas de ouro de uma pousada localizada numa cidade com movimentado mercado. Para aqueles leitores que não desvendarem o mistério ao final de cada conto existe a solução para cada desfecho. Destaque para as ilustrações de Mauricio Veneza.” (Neide Graça)